Humanidade

Comum


Como compreender, aceitar e oferecer apoio em momentos difíceis 

Se você está sentindo, de alguma forma, o impacto do que está acontecendo e precisa de apoio neste momento para lidar com o que está ao seu redor, aí vão algumas informações práticas escritas por pessoas sensíveis que estão também vivendo desafios semelhantes. 

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Compreender o que gera medo e tristeza

O medo e a tristeza diante de um período de crise podem se manifestar de diferentes formas, como sentimentos de ansiedade, desespero, pânico, angústia, desânimo, desamparo e luto, por exemplo. 


O medo nasce quando situações nos alertam que algo ruim pode ocorrer, algo/alguém querido está em risco ou uma possibilidade importante na nossa vida pode ter seu fim.


Já a tristeza está ligada ao que sentimos quando percebemos que algo ruim ocorreu, algo/alguém querido se perdeu ou uma possibilidade importante se fechou. 


Portanto, compreender por que você e as demais pessoas estão se sentindo como estão já é uma forma de acolher. 

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Entender as reações de cada um

Saiba que pessoas diferentes encaram momentos de perda e crise, assim como os próprios medos, de formas diferentes. Podemos encontrar diferentes reações em quem está ao nosso lado:


Choque:

“fui pego(a) de surpresa, me sinto desorientado(a) e sem entender muito bem o que está acontecendo.” 


Negação:

“me recuso a aceitar a realidade e acreditar no que está acontecendo.” 


Raiva:

“me sinto profundamente triste e inconformado(a) com o que está acontecendo, principalmente, diante do que entendo que poderia ser evitado.” 


Culpa/Autopunição/Frustração:

“me sinto impotente diante do que está acontecendo, culpado(a) por não ter feito ou estar fazendo algo de diferente.” 


Aceitação:

“compreendo o que está acontecendo e estou reunindo forças para agir da forma mais equilibrada que eu consigo.”

 

Adaptabilidade:

“compreendo os recursos que eu tenho para agir e faço o que está no meu controle diante do novo cenário, apoiando com empatia os demais à minha volta”. 


Muitas dessas reações podem aparecer misturadas ou sem uma ordem predefinida. Além disso, muitas delas podem não ser sentidas por todas as pessoas. Portanto, compreender que cada pessoa vai lidar com a situação de acordo com os recursos que possui, no seu tempo, também é uma forma de exercer nossa Humanidade.

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Pedir e oferecer amparo

Mobilizar a força física e/ou recursos materiais para apoiar necessidades básicas e de infraestrutura é um ato legítimo, necessário e importante em situações como a que se vive no Sul do Brasil. Ao mesmo tempo, necessidades psicológicas são igualmente relevantes de serem atendidas nesse momento e muitas vezes são as mais difíceis de serem identificadas. Por isso:


Deixe claros os pedidos e as ofertas de Amparo. Se tiver algum pedido, fale “o que você precisa” e deixe claro para as pessoas que “não estão sozinhas e podem contar com você” diante do que você puder oferecer. Em momentos de adversidade, mais importante do que ter o que dizer, todos(as) nós precisamos saber que temos com quem contar.


Respeite os momentos de cada pessoa (inclusive o seu). Se sentir necessidade, fale como está se se sentindo e entenda como as pessoas também estão. E claro, busque respeitar o seu momento e as diferentes reações que encontrar, inclusive as de silêncio. Encontrar as palavras certas nesse momento se torna desafiador e, muitas vezes, não se faz necessário porque o que se quer é justamente respeito e cuidado.


Se expresse como puder. Ao falar, apenas coloque para fora o que conseguir, do jeito que conseguir e, se necessário, peça ajuda para algo que faça você se sentir melhor.


Ao escutar, busque entender qual a necessidade. Demonstre atenção, repita o que a pessoa lhe diz para checar entendimento e busque compreender o que (e se) ela precisa de algo que esteja sob seu controle fazer. Pessoas com tristeza podem se sentir amparadas ao reconhecerem sua própria dor com a ajuda de alguém e ao perceberem essa mesma dor sendo também reconhecida pela outra pessoa. Pessoas com medo podem se sentir amparadas ao se perceberem protegidas e/ou ajudadas para fazerem coisas que sozinhas não conseguem ou que as façam se sentirem melhores.  

E claro, busque apoio especializado de psicólogos(as) ou voluntários disponibilizados pela sua empresa, se for o caso, ou oriente essa busca ao encontrar pessoas que assim precisem. 

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Cuidar da saúde coletiva

Manter-se “saudável” diante do cenário parece uma ironia. Porém, a Ciência nos mostra que cuidados básicos nos apoiam na geração da energia física e mental que precisamos para apoiar aquelas pessoas cujas necessidades básicas estão desatendidas. 


Diante dos desgastes emocional e físico que cenários como esse nos geram, somados à ampla exposição a informações negativas que chegam a cada minuto na palma de nossas mãos, nosso sistema imunológico tende a ser afetado por diferentes fatores. 


Portanto, se você agora se encontra em uma situação de privilégio social, na medida do que for possível, mantenha-se hidratado(a), alimentando-se e com parcelas de descanso que garantam a você o equilíbrio necessário para ser porto seguro e de apoio às pessoas mais desamparadas. 


A saúde das pessoas que são a base da Ajuda Humanitária é um elemento-chave para que a sociedade supere os desafios de Reconstrução pelos quais vai passar. 

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Protagonizar uma corrente de informações úteis

A massificação dos comunicados e a descentralização das fontes de informação em redes sociais, principalmente, nos torna parte fundamental de tudo o que é dito, acessado, postado, repostado.


Os algoritmos, por sua vez, contribuem para que nossas telas iniciais das redes sociais reforcem conteúdos repetidos, o que nos apoia na assimilação do que está acontecendo, mas também nos limita a enxergar apenas o que dá mais audiência dentro do cenário trágico.




Por isso, se você agora se encontra em uma situação privilegiada de acesso a canais de comunicação:


CONSUMA informações de canais oficiais que ajudem você a não só se expor ao problema, mas também à solução (canais de doação, orientações sobre como apoiar, informações sobre zonas de risco e ações preventivas etc.).


COMPARTILHE informações que de fato apoiarão outras pessoas a obterem auxílio efetivo ou a juntarem-se a movimentos reais e produtivos de ajuda. 

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Aprender sobre valores em sociedade

Crises e tragédias de qualquer ordem e magnitude são campos férteis (infelizmente) para conflitos, tensões, divergências e desordem em maior ou menor nível. Mas também se tornam oportunidades de evolução para a consciência humana, se as pessoas que as vivem estiverem abertas para esse processo de aprendizagem comum. 


Está nas nossas mãos vivermos juntos(as) mais um momento de aprendizado coletivo capaz de nos gerar ganhos a longo prazo para nossa vida em sociedade. Nós, pessoas adultas, possuímos por natureza uma maior capacidade de reflexão, discussão e tomada de decisão. Por isso: 


Aprenda com você mesmo(a)


(Re)Nascimento de Valores Pessoais: permita-se sentir o que está sentindo diante de tudo isso e pense o que isso diz sobre a sua capacidade de Ser Humano. Revisite seus valores pessoais e identifique se algum outro se une agora, ainda com mais força, à sua forma de compreender o que é realmente importante para você e para o mundo. 


(Re)Descoberta de Habilidades e Pontos Fortes: permita-se compreender que habilidades e pontos fortes você descobriu que possui diante dos cenários de crise e tragédia que tens presenciado e invista nessas forças para contribuir com o mundo ao seu redor. 


Ajude o Coletivo a aprender 


Reconheça a força da Colaboração. Pessoas adultas nem sempre reconhecem o impacto de seus comportamentos com facilidade e precisam de ajuda para isso. Portanto, se você consegue perceber o espírito de humanização e colaboração ao redor, ressalte isso para quem quiser ouvir e apoie outras pessoas a também reconhecerem isso: o seu poder quando se unem. Assim nascem os valores comuns que servem de Esperança para seguirmos daqui para frente. 


Amplie a consciência para um futuro diferente. Permita-se levantar lições aprendidas e conversar com outras pessoas sobre comportamentos coletivos que precisam se transformar para vivermos tempos diferentes do que estamos presenciando hoje. Daqui para frente, a nossa capacidade de nos educarmos e educarmos aos outros(as), com respeito e humanidade, é o que de fato fará a diferença para que novos e diferentes dias cheguem para nós e para as próximas gerações. 


Cuide de nossas Crianças 

Muitos pequenos e pequenas estão vivendo momentos difíceis ao nosso lado, com capacidades limitadas de entenderem o que está acontecendo. Dentro de si, as crianças estão fazendo correlações para entenderem o que é ruim e o que é bom, o que é seguro e o que é perigoso, o que é tristeza e o que é alegria. Ao mesmo tempo, estão criando memórias que serão levadas daqui para frente, da forma como conseguirem. Por isso: 


  • Se você está vivendo isso ao lado de crianças que, felizmente, se encontram em segurança, evite expô-las a informações e situações que exijam entendimentos complexos por parte delas e invista tempo/energia fazendo-as se sentirem seguras. 


  • Acolha momentos de tristeza, agressividade, confusão, excesso de perguntas ou qualquer outra manifestação comportamental incomum buscando entender que necessidades delas precisam da sua atenção. 


  • Utilize qualquer momento de doação, ajuda e auxílio às pessoas que precisam de apoio para educá-las com palavras simples e afetivas sobre valores como Amor ao Próximo, Solidariedade e Colaboração. 


  • Ao encontrar crianças que, infelizmente, não se encontram seguras, demonstre a sua Humanidade Comum através de gestos de Amor, Cuidado, Amparo, Proteção e Presença. Esse instinto de cuidar o que é importante é nosso por natureza e as crianças são o nosso Futuro. Lembre-se disso. 

Por fim, lembre-se que em momentos de crise e adversidade, a Humanidade Comum se revela em nossas ações de apoio, solidariedade e compreensão mútua. É quando percebemos que, apesar de nossas diferenças, somos todos e todas parte de uma mesma humanidade, capaz de se unir em tempos difíceis para oferecer conforto, auxílio e esperança entre todas as pessoas. 


Que possamos continuar a exercer essa humanidade comum não apenas em momentos de tragédia, mas em todas as nossas interações, construindo um mundo mais solidário e acolhedor para todas as pessoas.


Juntos e juntas, somos mais fortes.

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Última atualização - 08/05/024 12:30


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